quinta-feira, agosto 09, 2007

Flores!


No dia em que me perdi de mim, comprei um vaso de azalea,pequenino, colorido. Na verdade minha alma cheia de inverno, com flocos de neve e cinza, queria um colorido.
Olhei para ela e percebi que ela também era uma metáfora de mim.
me sentia desamparada, jogada num canto e pensei, se deixasse aquela plantinha de lado ela morreria sem água, iria murchando, murchando e então não resistiria.
pensando na minha azaléa vinha pela paulista e pensava em Deus, ele criou a terra, criou os animais, criou as plantas e criou o homem e estava tudo perfeito e então criou uma mulher pra ser sua ajudadora e companheira.
As plantas, os animais não podem se alimentar sozinhos, dependem; do alimento que alguém lhe dê,do sol que brilhe, da chuva que caia, aí eu pensei nas árvores, quando pequenas, são frágeis, mas se cuidadas com carinho, criam raízes, seu tronco se fortalece e ela cria sombra.
Pensei em nós humanos, como é difícil viver a solidão, é como o desamparo da plantinha, da pequena, que precisa de água, de sol e quem sabe um pouco de conversa.E aí penso em Deus, que nos dá o sol, nos dá anjos, nos dá amigos, mas queremos mais. É melhor ser dois que ser só, pois se um cair o outro o ampara.
Ah, acho que me sinto como aquela florzinha do pequeno príncipe, ele cuidava dela, era só ele e ela naquele pequeno planeta, mas aí o príncipe achou que era muito pouco, era muito chato e deixou a florzinha, conheceu vários planetas, cativou a raposa, mas quis voltar, mas e a pequena flor, será que sobreviveu a esse inverno, prefiro acreditar que sim!
Olho pra minha azaléa, olho pra mim. Acho que vou jogar um pouco de água nas duas.

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