sexta-feira, novembro 30, 2007

Águas

Quando estive na Garganta do diabo, com aquela força de água batendo no meu rosto, lembrei muito dessa música, Águas do Grupo Troad e pensei, tem que se mudar o nome dessa Cachoeira para Garganta de Deus, porque esse lugar é simplesmente Maravilhoso, em Foz do Iguaçu - lado Argentino.


Hoje está batendo saudade profunda de um tempo. Os "doidos" da USP, nosso Grupo Cristão. Saudades de nossas reuniões "polêmicas" até altas horas. Do Dário e sua Shirley Carvalhares, querendo mais amor da Igreja, de nós. De nossos acampamentos e serenatas. "Moro no Butantã, se eu perder esse trem que sai agora as 11 horas, só amanhã de manhã. Mas as músicas, essas se eternizam e Andrezinho, essa era sua preferida, hoje, espero que você cante muito pra Luizinha. Eita Saudade.
Também tem no youtube -
http://www.youtube.com/watch?v=z4s2bPfDinE&feature=related


Águas - Troad

Água pura que desce do céu
Todo planeta inunda,
Encaminhando saúde a terra fecunda.

Água limpa que a vida traz,
Rios e suas nascentes,
Lagos, cascatas e mares,
Cada dia novamente.

Caminhos ocultos entre os ipês
Perobas, igarapés,
Não importa por onde elas passam
Por que onde chegam
A sede não pode permanecer.
Ao olhar-te cristalina, Te pergunto de onde vens?
Tua força me assusta, tua beleza me emudece
Teu mover me traz canções

Água pura que nasce de Deus
Do ventre do homem, transborda
Trás em suas margens a cura
E a paz que conforta.
Água viva que é Jesus
Vinda do trono de Deus
Um turbilhão de virtudes
Pra todos que são seus.

Palácios - Rebanhão


Um dos primeiros Grupos de Música Cristã que conheci, criativos, com músicas bem elaboradas que tocam o coração, essa é uma das minhas prediletas.
Palácios
Rebanhão
Composição: Indisponível

Não se acende a luz do Sol
Nos 220 voltz dos palácios de Brasília
Não se acende a luz do Sol
Com as chaves de um carro conversível do ano
Não se acende a luz do Sol
Com a ponta de um cigarro, um baseado, coisa assim
Pra que medir força com o Sol da Justiça
Pra que querer brilhar mais que a Estrela da Manhã
Pra que combater o Bem com o Mal
De que lado você está?
De que lado você está?
De que lado você quer ficar?
De que lado você quer ficar?
Onde está a honra dos orgulhosos?
A sabedoria mora com gente Humilde
Liberdade!Liberdade!
Vejam o vídeo no Youtube é o SOS VIDA DE 1992.

http://www.youtube.com/watch?v=hsS-57SWp1Q

segunda-feira, novembro 19, 2007

Balada Literária

Desde o feriado de quinze de novembro aqui em São Paulo está rolando a Balada Literária, confesso que não gostei muito do nome, eu acho que não combina muito balada com literatura, mas acho que tentaram recuperar a época boêmia de São Paulo, em que os escritores se reuniam pelos botecos em São Paulo.
A Balada me lembrou bastante FLIP - Festa Literária de Paraty, talvez porque as carinhas participantes sejam muito parecidas com a de lá.
Bom, mas o que queria mesmo era ver os "imortais" da Literatura. Fiz letras e há os "monstros" de nossa área e eles estariam reunidos, numa só mesa no domingo.
Não queria perder,pois na faculdade, infelizmente só pude ouví-los através de textos e na fala de outros professores, já estão com certa idade mas a elegância e lucidez surpreende.
A mesa completa era: Manuel da Costa Pinto da Revista Cult - (intermediador do debate), David Arrrigucci, Antonio Candido e Boris Schnaiderman.
A Livraria estava repleta, entrei e me sentei do ladinho de Antonio Candido, no chão, ouvir suas falas, que é mais uma contação de causos é simplesmente delicioso. Uma de suas falas foi sobre a pessoa do Crítico Literário que no início se restringia aos jornais e não às Faculdades, o que hoje é ao contrário. E como crítico, um dia ele recebe um livro que se chama "Perto do coração Selvagem" de uma jovem que se chama Clarice Lispector, sem nada saber sobre essa jovem, é preciso fazer uma resenha de 6 páginas, para publicação.
A homenagem foi ao professor João Alexandre Barbosa, figura essa, que não conheci pessoalmente, mas pela fala dos profesores, foi alguém que amou por demais a Literatura.
Algumas das histórias, que segundo Antonio Candido, nem sempre foram verdade, mas eram contadas pelo professor João Alexandre:
- Antonio Candido em um momento escreveu um artigo falando sobre a forma de escrita do nome de Gilberto Freyre, discutindo o por que que ele escrevia com y e não com i, e o professor João Alexandre, conta que ele ligou para Gilberto Freyre e disse, quem vai falar é Antonio Candido, sem acento o e também no A. Antonio Candido disse que não era verdade.
- Em um momento de brigas entre Mackenzie e USP, na Maria Antonia, os profesores, Antonio Candido, Boris e João Alexandre estavam em uma sala e de repente começou um tiroteio, todos os profesores se jogaram debaixo das mesas, menos o profesor Boris, o professor João Alexandre começou a gritar, venha, venha,O professor Boris, diz que gritou; "Não me abaixei para fascitas na Itália, aqui que não vou me abaixar.".
Enfim, foi uma tarde muito gostosa de contação de causos. Lá também estavam José Midlin, Lygia FAgundes Teles e Marcelino Freire.
Pois é meu (minha) Pequeno(a), você estava lá comigo. Quando você crescer vou te contar...e você também vai ouvir falar desses aí...

sábado, novembro 17, 2007

Cada dia

Semente minha,
Agora não estou só,
Nem você, nem eu

Posso olhar pra tudo que sou
E ver você,
Tão pequeno, tão doce, tão frágil

Bate no mesmo compasso
Que eu,
Esperas,
Enquanto eu te espero

Sonho e penso no mundo
Que irás encontrar
O mundo que meus olhos
Minhas mãos
E minha boca irá
Te mostrar,

Que meu coração,
Possa ser forte
Pra bater
Em compasso leve.
E que o cheiro suave
Seja sempre
Amor, Amor.

As mãos...

Minhas mãos deslizam
Seguram
Cada olhar seu
Meus olhos eternizam
Cada pedacinho seu

Nesse silêncio
Dos galhos me enlaçando
Posso sentir o vento
Meus cabelos, se entrelaçam
Nos seus dedos,
Nas suas mãos

Sua voz,
Tão doce, tão suave,
Minhas mãos tentam te dizer
Fica, fica.

Lágrimas

Já que essas gostas
Não me pedem licença
E simplesmente transbordam
Procuram se libertar
Das grades da dor

De onde virão?
Do coração?
Da minha cabeça?
Das lembranças?

Sei que vocês
Procuram em meu
Rosto encontrar
O QUE?
Sair da escuridão

Querem o sol
Passam, deslizam
Minhas mãos e meus lábios
Conhecem seu gosto e textura

Não quero segurá-las
Vão, vão, achem seu lugar

Enquanto eu,
Aqui, com meus olhos
Transbordando cada
Pedacinho meu
Em vocês

segunda-feira, novembro 12, 2007

Das viagens! Porto Alegre



Deu Pra ti
Baixo Astral
Vou pra Porto Alegre, tchau! (Cleyton e Cledir)
Minha viagem ao Sul foi uma das mais surpreendentes. Fui de carro, sem pressa, meio sem destino. Passei por Curitiba, que já conhecia, mas sempre se acha algo novo pra se conhecer.Florianópolis, paraíso na terra. Laguna, cidade de Anita Garibaldi, cidade pequena, praiana, essa uma surpresa, dá vontade de ficar pra sempre. Torres, cidade movimentada, cheia de gringos, Argentinos, Paraguaios, etc. Aqui, fiz questão de ir conhecer os canyons. Aqueles da abertura da novela "A casa das sete mulheres". conheci um pesoal bem legal, gaúchos tche, pude tomar muito chimarrão e que delícia, pessoal de coração aberto, todos de Porto Alegre, recebendo os paulistas. Seguir em frente, o branco escritório, já estava bem longe, agora o destino: Porto Alegre.
Bom, chegar em Porto Alegre depois de tantos dias na praia, debaixo de um calor de 40° graus que mais parecia 50°, sem lugar ainda direito pra ficar, me senti chegando à são Paulo. Meu primeiro pensamento: "Não credito, voltei pra São Paulo". Centro de Porto, gente correndo, mas claro que tem suas diferenças, um pouco mais organizado e claro, a correria não é a mesma de São Paulo.
Sou apaixonada por Erico Verissimo e poder identificar nas ruas cada pedacinho que Erico conta em sua obra, foi coisa de deslumbramento, A redação do Correio do Povo, a Livraria O Globo, o Clube Comercial, ai Erico, você com suas palavras desenha perfeitamente o mundo.
Depois de devidamente acomodados no centro, próximo ao Mercado Municipal de Porto Alegre e de sua prefeitura, fomos a um Museu que realizava uma exposição que se chamava o Sobrado, uma réplica do Sobrado de O Tempo e o Vento. Maravilhosa.
Bom, todos nos diziam, indo à Porto Alegre, não deixe de ir ver o Pôr do Sol do Rio Guaíba, 5 da tarde, vamos nós seguindo as avenidas à pé, rumo ao Rio Guaíba. Chegamos lá, alguns sentados, um lugar comum, um rio. etc. Começamos a andar pela orla do rio, lá tem pistas de cooper, seria como o nosso Ibirapuera. Vamos indo, mas pensando, cadê o que se tem de lindo aqui? ai, ai... a tarde vai caindo, e o quadro vai se pintando e como que mágico, tudo vai se silenciando, nos sentamos nas pedras e sol foi se pondo, devagarzinho, soltando no céu o fogo, indo, partindo, parecia que tudo havia parado naquele momento. Erico tinha razão o pôr do sol do Rio Guaíba é o melhor do mundo, neste dia podemos comer no restaurante em frente ao mercado as 23h. Quem sabe um dia aqui em São Paulo também poderemos.
Dia seguinte, quis ir logo para a Casa de Cultura Mário Quintana, antigo Hotel Majestic, um lugar de arquitetura maravilhosa, cada andar de uma organização primorosa, e lá está, a réplica do quarto em que morou Mário Quintana. Sua cama, seus livros, seus escritos, seus cigarros. Mário Quintana, morou ali muitos anos, graças a generosidade do jogador Falcão. Sim, hoje se fala do seu grande talento, mas infelizmente não teve dinheiro pra honrar esse talento. Temos hoje a casa de Cultura que seja uma grande homenagem. Mário Quintana foi indicado várias vezes para a Academia, mas não conseguiu chegar lá.
Há em especial um cantinho bem legal na Casa de Cultura que pra mim foi uma surpresa, um cantinho de Elis Regina, com várias peças de roupas antigas da cantora, cd's que se pode ouvir tranquilamente.
Enfim, Porto Alegre foi um encontro. Foi uma surpresa!

quinta-feira, novembro 08, 2007

De cachaças e Descolados


As vezes me acho meio louca, por que de repente, estou no ônibus, sem nadica pra fazer, nem lugar para olhar e aí quando olho para a janela vejo um senhor muito simples, num boteco, pedindo uma caninha e aí penso: por que tem gente, que olha esse senhor aí, que está terminando seu dia de trabalho, que não deve ter sido nada mole e pede um "goró", "uma branquinha", ou sei lá quantos nomes se tem pra isso, para apaziguar a alma, ou quem sabe "agradecer" por mais um dia de vida e aí logo de cara pensa: "Cachaceiro", aff, cachaça".
Mas aí logo ali, tem um boteco também, mesinhas na calçada, moçada bonita, cabelo bonito, roupitcha digamos "fashion", ou quem sabe uma moçada "intelectual", tomando uma cerveja gelada e conversando aquele papo zen-literário-cinematográfico-político-amoroso as vezes em pleno meio-dia e aí, pois é, o que se pensa, nada, ou quem sabe, muito legal, esse negócio de beber, pô...bebem todas.
Bom, confesso que tenho muitos pés atrás em relação à bebida, vivi de perto o que é se ter problemas com quem bebe e quem mais sofre é a família.
Não é fácil você ver alguém que você goste chegar em casa cambaleando, mal conseguindo abrir a porta de casa e ainda por cima discutindo e brigando, é porque beber demais te tira do sério sim.
Talvez aquele senhor só tome uma e vá pra casa curtir sua família numa boa e os "descolados" talvez tomem todas, mal consigam chegar em casa, sejam carregados por seus amigos e não seja considerado um alcóolotra.
Sabe de uma coisa, eu concordo com Guimarães Rosa. "Olha moço, todo mundo nesse mundo é doido, muito doido, e é preciso muita religião pra suportar".
O que quero com esse post doido, pensar, pensar, sobre os conceitos que trazemos ao longo da vida. Sobre aquilo que nossos olhos podem enxergar e que nossa cabecinha cria teorias mais maluquetes do mundo. É bom pensar e a gente endoidece mais.

quinta-feira, novembro 01, 2007

El pasado

Acabei de assitir este filme. Um pouco perturbador. Achei Babenco tão Almodovar. O filme é surealista, porque não quero acreditar que as mulheres sejam tão neuróticas como no filme (rs). Não sei, quem não gosta que se conte o filme, não prossiga. Preciso escrever, oque entendi de tudo é que não há como fugir do passado, sim, prosseguir, mas deixar o passado como se ele nunca tivesse existido será que é possível? A cena final, fechou tudo, leva-se sim..., saí do cinema intrigada, caramba, eu não quero me tornar fantasma assim, não, não..., daí meio como que legenda ou situação esclarecedora ou mais "botadora de fogo", encontro um rapaz conhecido de faculdade, fazia um tempão que não o via, ele "Olá, como vai?" eu, automaticamente vi uma figura,feito fantasma do lado dele, a moça que namorou com ele um tempão, ia perguntar: "Cadê, fulana", mas algo me dizia, calma, calma, ahan, sexto-sentido feminino, logo atrás uma bela moça, se achegou, e ele essa é minha namorada.
Não perguntei, não, não, mas a imagem ainda era da outra moça, sim, sim el pasado, feito fantasma, há de acompanhar por um bom tempo.

Stabat Mater


Rossini Hits acabou, pelo menos as apresentações previstas, talvez hajam mais, nossas roupas e adereços ficaram por lá para serem lavados e costurados. Foi uma experiência gostosa, cheia de gente nova e como sempre o pessoal do Canto em Cena, deu a voz, deu seu tempo, seu corpo. Afinal 2 meses para ensaio de música operística, para quem está acostumado a cantar música popular não é fácil. Mas chegamos lá. Levei umas broncas, porque realmente algumas vezes meu pensamento voou, e como é ruim levar puxada de orelha, dá uma vergonha e parece que fica um fantasminha do seu lado, dizendo, cuidado aqui, cuidado lá, estão te olhando. Confesso tenho que saber lidar com isso.
Stabat Mater a última música que cantávamos valia por todas as outras, para mim a mais bela e tocante do espetáculo. Ah, esqueci de contar, minha mãe pela primeira vez foi me assistir, perninha balançando, porque afinal para quem está acostumada a dormir às 9h da noite ter que ficar quase 2 horas sentada, ouvindo uma música que não se entende, num tipo de voz digamos "diferente" e ainda por cima ter que ouvir essa "gataiada", termo para o dueto de gatas de Rossini. Coitada, um sacrifício pela filha. Assim como uma outra moça do grupo que disse que o pai olhou 3 vezes para o relógio em Stabat Mater, se o pai, faz isso, imagina as outras pessoas, enfim muitos anos de terapia para se colocar essas coisas no lugar.(rs).
Agora, recomeçaremos outra maratona da ópera ao rock, já temos apresentação marcada, Agora ROCK IN VOICE, Queen, Beatles e tantos outros à Capella.
Me parece que será uma experiência gostosa e interessante, rock sem guitarra e elétricos acho que dá caldo...(rs).
A foto sou eu, perdida entre "papéis", na verdade meus lencinhos de chorona.(rs). Por que chorona? Não foi ver? Então perdeu....