quarta-feira, agosto 17, 2005

De bilhetes e e-mail's

como vai, como vai, como vai
Tudo bem, tudo bem, bem, bem
somos dois palhaços
No circo sem lona
Sem eira nem beira,
Cambaleando, rindo, chorando sem a maquiagem
Deus o grande malabarista,
Nos segura firme
Nas mãos
E nós bobos, bobos, morremos de medo
Porque no sobe e desce
Temos medo de cair,
Mas sua mãos fortes e firmes sempre
Nos pega
E a platéia de boca aberta
Ri, respira aliviada,
Não não caimos,
E Deus agradece
os aplausosAcalorados
daqueles que esperavam que falhasse..
assim é a vida
Meu palhacinho,
sua palhacinha.
há muito tempo não escrevia para o Gilson, antes escrevia tantos bilhetes, mas afinal o tempo que moramos lá no CRUSP nos incentivava a isso,naquela época o e-mail não era acessório obrigatório e os escaninho era sempre bem vindo, quantas vezes cheguei cansada do trabalho e meus olhos logo loucos procuravam um pequeno bilhete lá na minha "casinha", ou mesmo acordar de manhã e na sonolência e preguiça começar o dia com palavras novas, com uma companhia poética,
Tempo de namoro, ainda tenho um monte de bilhetes guardados, uns chorosos outros de sorriso, nossa história, e hoje mandei essas palavrinhas digitalizadas para ele, afinal a história continua.

terça-feira, agosto 16, 2005

Cansaço

Não sei se de alma
De corpo,
De mente
Das tarefas
do ônibus cheio de gente
Estranhezas
Do metrô silencioso,
De mim no meu mundo,
Pensando, pensando, pensando
Das mudanças sem alterações
Alterada ando eu
Com areia nos olhos
Escondendo a beleza
Me mostrando a frieza
Dos dias com noites
Noites em dias
Sonos sem sonhos,
Sonhos dormidos,
De repente tanta coisa boa acontecendo,
E mesmo assim ufa... ando cansada,

terça-feira, agosto 09, 2005

Uma xícara de chá.

Nada como estancar
O tempo, o sangue
O cansaço
Com uma xícara de chá
A quietude da noite
a chuva caindo lá fora
e eu pensando nos meus dias
Esperando o chá se acabar,
E minha vontade de gritar
passar
Ainda bem que hoje tem chá em casa!

Well, Well Well Gabriel.

Oito Anos
Já se foram
Outros tantos estão chegando,

Se pergunto
Quero saber
Tão miudinhas minhas questões,
Tão enormes meus heróis,

Não pedi
E bem que quis
Crescer
Mas agora pra onde vou?

Desenhar uma casinha
Papai, mamãe e a flor,
Nascer do sol,

Já se foram
Oito anos
E tantos outros

Criança, como bom sê-la, mesmo eu tendo sido uma criança tão sozinha, por não ter irmãos, nem primos que morassem perto eram puros meus sonhos, e a gente tem umas idéias tão loucas do mundo.
Se bem pensando, tive que ter umas preocupações de adultos mas demorei muito pra cair a ficha e querer crescer.
Uns dizem que a gente tem que crescer, mas deve de ser a tal da maturidade... ser adulto-criança.
Eu tive duas infâncias, uma meio amedrontada, sozinha e uma outra sozinha porém nada solitária.
Quando me converti no meu quarto lá no CRUSP, foi a noite mais linda e tranqüila da minha vida, não dormira naquela noite porque a guerra que travava dentro de mim estava na batalha final em que me entragava à vida ou à morte, mas de joelhos eu pedi, pedi trégua, pois já não mais suportava, e todo peso se foi, e me senti acolhida e amada como nenhum homem até hoje pôde me amar... Jesus Cristo, foram os dias de infância, da alegria, da desprecoupação, em que não tive medo de nada, nada e as águas do meu mar correram serenas...e como tive experiências em que minha oração era de uma filha para um pai com a certeza de que pedindo pão não receberia pedra, quero voltar a ser criança, como quero...como tenho saudades...