quarta-feira, junho 08, 2005

E a saudade...

Sem pedir ela vem, uma tal de nostalgia, que a gente não sabe bem de quê, de um lugar, de uma pessoa, de um tempo..
No meu caso hoje talvez apenas seja os tais hormônios que conseguem me descontrolar (mas do que já sou (rs))...
Uma vontadinha de chorar, de querer estar perto, mas apenas me restam as palavras para me consolarem... eu e elas.
Estou terminando de ler o livro que ganhei do Gilson em 1998, engraçado estou relendo na verdade, da primeira vez não cheguei ao fim, não me lembro de nada do que li naquela época.
Estava na casa de minha mãe no fim de semana e fiquei vasculhando os livros que lá estão guardados já que terminei o Arquipélago II no sábado e pra não ficar sem nem uma dosinha de letras, escolhi esse.
Me lembro apenas porque cheguei a pedir esse livro, o tema , essa menininha Cecília tem uma história bem parecida com a que vivi naquele ano 1998. Ano que minha avó adoeceu de leucemia, ficou de cama e depois se foi... para mim foi um ano muito difícil, e ainda as vezes é... tento não trazer as memórias tristes daqueles dias, porque eu e minha avó temos muito mais histórias de muita alegria, mas as vezes é inevitável."Através do Espelho" de Jostein Gaarder, não é um graaaaande livro, mas as reflexões levantadas são pertientes. Afinal o livro diz que vemos por um espelho e as vezes damos uma escapadinha pro lado de lá, mas não é tudo que vemos.
Quero escrever um trecho do livro:
"Quando eu morrer, o fio de prata de um colar de pérolas vai se arrebentar e todas as pérolas, lisinha e acetinadas, vão rolar pela terra e correr de volta para a casa delas, para suas mães-ostras lá no fundo do mar. Quem vai mergulhar e panhar minhas pérolas depois que eu tiver ido embora? Quem vai saber que elas eram minhas? Quem vai adivinhar que antigamente, há muito tempo, o mundo inteiro pendia em torno do meu pescoço?"
Talvez as pérolas tenham que voltar ao fundo do mar... mas a pérola não será a mesma depois que ela foi minha, e o fundo do mar também não será mais o mesmo e nem mesmo o mundo, de alguma forma, nada será igual a antes...

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