quarta-feira, junho 29, 2005

Cosméticos

Hoje me arrumava para vir trabalhar sempre naquela letargia matinal, eu sou muito engraçada, eu fico desperta às 6h e teimosa que sou fico frçando dormir mais um pouco e então só consigo levantar às 8h. daquele jeito...eita preguiça danada, como diz Liroca eita mundo velho sem porteira!
Mas vamos lá, colocava um pouco de perfume e me veio uma idéia, essas coisas que vêm na cabeça quando tá tudo meiobranco, que cheiro meu filho guardaria de mim então pensei que cheiro trago na lembrança da minha mãe quando pequena, lembrei-me da latinha azul de Nívea, único creme que minha mãe usava na época, não tinha essa fartura de marcas e tipos de cremes, desodorantes e shampoos que se tem hoje, me lembro também da latinha de Minancora.
E como uma coisa puxa outra, pensei de como era na época da minha bisavó, o banho completo lá na roça de corpo inteiro na bacia era somente no sábado, com sabão preto (este sabão é feito em casa sabendo-se dos ingredientes, acho que ninguém ousaria usar, já que era feito da banha ruim de porco, acho que soda caustica (será?) e um cheiriro provavelmente alecrim? e sabe que uma época já cheguei a usar esse sabão e olha dava um brilho no cabelo! Durante à semana era somente das partes baixas, os homens somente os pés as mulheres as intimidades também, minha mãe disse que nunca sentiu mal cheiro na minha bisavó e olha que ela lidava o dia inteiro com a enxada na roça, imagina poeira, suor... mas enfim.
Outro detalhe interessante, minha bisavó não usava calcinha, usava um vestidão até os pés com anágua, e sabe de outra coisa, não tinha banheiro, privada, esses luxos não era tudo no meio do mato e tinha papel higiênico? Nada, nada.
Ela tinha um tio que nunca tomou banho, dizia que esse negócio gastava a pele e encurtava a vida. Ele viveu muito!
Minha avó trouxe uns luxos para a vida da roça, se tornou costureira e seus primeiros modelitos foram calcinhas para a mulherada, para a titia e vovó usadas apenas para a subida em cima dos caminhões.
Já minha vó, adorava ir ao cabelereiro na cidade, fazer permanente e tingir cabelo, usar bijous, um guarda-chuva cheio de fru-fru, vestidos muito lindos e limpos, (não era à toa que minha vó era desejada pelos homens),como minha avó não escutava os galanteios e somente minha mãe, digamos asim ela não achava muito bom e chingava eles e minha avó quando sabia o que se passava dizia assim meio querendo disfarçar "menitra, mentira".
Eu conheci a fase mais "calminha" da minha avó, adora um talco charisma da Avon que ela sempre mandava o rótulo pra gente aqui em SP para que levássemos para Minas quando fôssemos para lá e também o óleo Johnson e Johnson que ela passava nos cabelinhos cinzas finos que ela delicadamente enrolava num coque. A sombrinha mais discreta e comum sempre a acompanhava nos seus passeios, não era à toa que ela tinha a pele lisinha e quase sem rugas. sol nem pensar!
Hoje tem uma infinidade de cosméticos lá em casa a quantidade de shampoo que compro pra testar e não gosto, o perfume que dali à pouco eu enjôo, tem dias que me perco passando os cremes no meu corpo outro dia dá uma lesera...
Feminices, mas que às vezes é bom passar uma shorinhas no cabelereiro, fico à imaginar como deve ser um spa, eita quanta baboseira tô escrevendo hoje.
PS Relato de um sonho que tive hoje:
Sonhei que tinha um filhinho, era tão fofinho, eu o pega colocava no carrinho e ia passear com ele, só que quando saía chovia (inclusive no mundo real estava chovendo muito) e mesmo assim eu ainda saía como bebê e ele ficava todo molhado, ensopado eu voltava correndo toda afobada e sem querer batia a cabecinha dele e o machucava um pouquinho eu fiquei morrendo de mendo sabe de quê/ "Ai meu Deus se minha mãe ver, ela vai me matar"? Será que com esse sonho preciso de profissional Freudiano ou Joungano que seja pra explicar algumas raízes dos meus problemas? (rs).

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