quarta-feira, setembro 21, 2005

As canções!

Que poder é esse que pode vasculhar cada cantinho de nosso coração, ir ao fundo do inconsciente, explodir nos olhos pelas gotinhas das lágrimas. Yamandu Costa tem esse poder.
Conheci sua interpretação através de um amigo que me apresentou (são os anjos que nos apresentam as melodias do céu),me ensinou que violeiro é diferente de "violonista",palavra nova pra mim até então, e o mais engraçado as pérolas de Cristiane, quando me disse que Yamandu tinha a mão do Rafael Rabelo, eu disse é mesmo é gordinha né (rs), coisas de Cristiane...
Yamandu havia recentemente ganho o Prêmio Visa Instrumental e eu claro quando me apaixono pelas coisas vou à todos os shows, leio tudo sobre e assim foi. Comprei o Cd e me apaixonei por Mariana, essa música pra mim resume em suas notas o ápice do ato amoroso feminino desde a explosão até a calmaria, ou mesmo suas contradições. Vi Yamandu tocando com seu mestre Lucio Yanel e nesse dia deu uma vontade de invadir o Palco e dizer "Obrigada".Foi o êxtase quando tocou "el Condor Pasa".
Já o vi com Alessandro Penezi, outro virtuose do violão, e diga-se de passagem LINDO! Esse dá vontade de agarrar não só pela música, mas pela beleza, ai, como diz o próprio Yamandu: E ainda por cima o F.da P. é bonito.
A última vez que vi um show ao vivo foi com a OSESP, na maravilhosa sala São Paulo, todo aquele clima mais sério, e lá vem de bombacha e camisa vermelha, Yamandu, e toca Mariana com a Orquestra, que fazer? desatei a chorar, um choro, solto, incontrolável, a delicadeza dos violinos, junto com o violão de Yamandu, não aguentei, e o mais interessante tinha uma moça na minha frente com um lencinho também, chorava, chorava...
Agora estou ouvindo o CD que ele gravou com Paulo Moura grande Clarinetista. disco El negro del braco e La paloma me invade e é difícil porque nesse momento tenho vontade de chorar, mas não posso os deveres nesse momento me chamam, mas quem pode impedir que minha alma chore, que ela corra e vá pros lugares que ninguém mais pode ir.
Ei nessas horas sou livre!

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