quarta-feira, maio 19, 2010

Não Há

Não há nada que possa
Tirar esse aperto do peito
Essa angústia agoniante
Das indefinições,
Da sorte lançada
Do primeiro passo,
Que não se sabe se
Deve ser descalço
Ou de sapato
Chinelo, meia,

É possível,
Ter tudo junto,
Amor, paixão, desejo?
Eu não sei? Isso me entristece

Minha cabeça gira há mil por hora
Os anos se passando
E eu me sentindo feito criança,
Como pode?

Não há,
Simplesmente, nesse momento
Não Há,
Resposta,
Há,
Milhares de questões,
Uma menina, brigando com outra,
Uma mulher atirando na outra,
Uma de vestido vermelho,
Outra de branco,
Uma se despindo,
Uma se vestindo,

Tudo isso
As vezes se torna insuportável.
Não há,
Há.
os

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