terça-feira, agosto 09, 2005

Well, Well Well Gabriel.

Oito Anos
Já se foram
Outros tantos estão chegando,

Se pergunto
Quero saber
Tão miudinhas minhas questões,
Tão enormes meus heróis,

Não pedi
E bem que quis
Crescer
Mas agora pra onde vou?

Desenhar uma casinha
Papai, mamãe e a flor,
Nascer do sol,

Já se foram
Oito anos
E tantos outros

Criança, como bom sê-la, mesmo eu tendo sido uma criança tão sozinha, por não ter irmãos, nem primos que morassem perto eram puros meus sonhos, e a gente tem umas idéias tão loucas do mundo.
Se bem pensando, tive que ter umas preocupações de adultos mas demorei muito pra cair a ficha e querer crescer.
Uns dizem que a gente tem que crescer, mas deve de ser a tal da maturidade... ser adulto-criança.
Eu tive duas infâncias, uma meio amedrontada, sozinha e uma outra sozinha porém nada solitária.
Quando me converti no meu quarto lá no CRUSP, foi a noite mais linda e tranqüila da minha vida, não dormira naquela noite porque a guerra que travava dentro de mim estava na batalha final em que me entragava à vida ou à morte, mas de joelhos eu pedi, pedi trégua, pois já não mais suportava, e todo peso se foi, e me senti acolhida e amada como nenhum homem até hoje pôde me amar... Jesus Cristo, foram os dias de infância, da alegria, da desprecoupação, em que não tive medo de nada, nada e as águas do meu mar correram serenas...e como tive experiências em que minha oração era de uma filha para um pai com a certeza de que pedindo pão não receberia pedra, quero voltar a ser criança, como quero...como tenho saudades...

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